segunda-feira, 7 de setembro de 2020

primeiro café da tarde XXI



Tarde ou cedo o homem há de ser homem,
presa e predador das palavras e acima de tudo
mau. Tarde ou cedo, há de pisar o céu de alguém
sem querer saber de quem.
Tarde ou cedo a sua natureza hirudínea
há de secar o mais anódino que não lhe seja igual
apenas e porque não lhe seja igual.
Tarde ou cedo, querulante e falso,
não há de ser que não remenique
não há de estar que não chame ocupação
à alegria das hirondinas.
Tarde ou cedo, à parte vento, nostalgia e marte,
o homem há de ser homem.

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