sábado, mas os sábados
há muito são iguais,
costumo dar o nome de desmaio
a estes dias pacatos
antes dos que aí vêm, infernais.
Tantos nomes que inventas, meu amigo,
recordo que dizias
com o teu sorriso gordo,
mas dou-me conta de que não consigo
dar nome às mãos vazias
do rumo que traçavam no teu corpo.
Quando, como esta noite, me aventuro
no triste e fértil chão
de tudo o que perdi,
interrogo-me se este meu futuro
tinhas presente então,
se já me adivinhavas tão sem ti
na madrugada de mais um desmaio.
Gostei muito, Luís.
ResponderEliminarTem os teus temas: a dor da perda, a solidão e as recordações de tempos melhores.
Reparei que os versos rimam, certamente não é por acaso.
A poesia toca-me mais quando tem musicalidade. O como neste poema.
Se fosse sensato dir-te-ia para não ficares acordado até às quatro da manhã. Mas o que é o juízo para dois pós modernos como nós?
Continua a escrever e a enviar me os teus textos.
Abraço
muito bonito Luis 🖤💋
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