quarta-feira, 22 de julho de 2009

CABECINHA PENSADORA

«O presidente do Instituto do Sangue (IPS) afirmou que os homossexuais são recusados como dadores de sangue. Logo se deu uma berraria sufocante. Mas a lei aplicável (DL nº 267/07) afirma que os 'indivíduos cujo comportamento sexual os coloque em grande risco de contrair doenças infecciosas graves susceptíveis de serem transmitidas pelo sangue' devem deixar de ser dadores (Parte B, Anexo VII, 2.1). Portanto, a lei ampara aquela decisão de gestão de risco, apesar de contrariar a última moda.» (Carlos Abreu Amorim, Jurista: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=DA721564-6799-4BFF-AB5C-2F4102A81754&channelid=00000093-0000-0000-0000-000000000093)

Hoje ainda regressei ao CM em busca de justificação, desenvolvimento, errata que fosse. Mas népia: e fico sem perceber por que recusa o presidente do IPS homossexuais como dadores de sangue; e fico sem descortinar em que ponto do seu enunciado a lei ampara essa recusa...

Dou voltas e revoltas e não consigo descobrir o que fazem os homossexuais que os heterossexuais não façam. Será a minha vida sexual tão bizarra que me impeça de entender a dos outros?

Tendo a certeza, que grave seria se a não tivesse, de que a todo o sangue doado se obrigam as melhores análises, nada mais me resta do que deduzir a existência de um sangue diferente: designemo-lo de «sangue homossexual», caracterizado pela sua imprestabilidade, o que faz com que, à partida já esteja analisado e bem analisado. Como se explicará isso?

Ah! que chego lá. Alvíssaras ao pensador que mo sugeriu: é que ser homossexual implica, mais do que um risco, a certeza de contracção de doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue; é que ser homossexual é garantia de descuido, ausência de prevenção, promiscuidade, egoismo.

Obrigado, pensador, que mais uma vez comprovas o que eu há tanto sei: a lei ampara, sim; ampara tudo que um homem quiser. E então se de leis o homem souber... ui, ui.