Há gente cuja palavrajá morre de ser palavra,
gente que à lua se acaba,
gente que ao sol se desgasta,
gente sempre a mais na mesa
e de adeus assaz pequeno,
gente que extingue a alma acesa
na alma do menor veneno,
há gente assim, desgentada
e transparente, sem rosto,
gente que não vale nada,
gente como eu em agosto.