Será que estou demasiado velhopara o homem homem que hoje me acredito,
ainda carne e osso, a ver se tenho
no teu regaço zelos de menino?
Será que, acreditando, não me aleijo,
fartando o sono de sonhar contigo,
com tamanhas saudades do teu beijo
como se isso não fosse tão perigo?
Será que ainda podes ser amiga
se o desfecho me espera e a barba é branca
e eu sou da noite quase todo o dia?
Será que estou cansado e isso te cansa?
Serás jovem de mais por culpa minha?
Serei pouco homem se a mulher é tanta?