segunda-feira, 19 de julho de 2010

o espaço em que não estás

Subo ao nosso comboio
na gaveta de outros dias
quando eu ainda era antónio
e ainda tu me querias.

Quando o silvo da partida
trazia a hora da chegada
e uma esperança perdida
junto ao cais te segurava.

Teu corpo em tão pouca terra
nunca seria feliz:
foste à vida que te espera
e enferrujam os carris.

Sem comentários:

Enviar um comentário