terça-feira, 27 de novembro de 2007

febril

Finalmente febril
ajeito-me a um canto do nosso chão:
nós tão aqui e o mundo a mil
e o meu corpo no teu abraço
e nos teus olhos tudo o mais que faço
e nos teus olhos tudo o mais que faço.

Não quero mais nada, não.

Sob as sombras do tecto
um andar por telhas da tua mão:
o paraíso é tão directo
como um sol que viaje por dentro,
como um bombom de inferno em vai de vento,
como um bombom de inferno em vai de vento.

Não quero mais nada, não.

Mais logo hei-de saber
as manhãs que houver nos beijos que são,
tudo o que em nós queremos ser
e este sol que agora nos tem,
a noite à noite que somos também,
a noite à noite que somos também.

Não quero mais nada, não.

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