quarta-feira, 7 de novembro de 2007

regresso a casa

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Quase noite. O homem recua
ao homem da madrugada,
passo a passo, olhar sem lua,
à espera de quase nada.
Sempre de cabeça suja
pelo tempo que ainda falta,
passou o dia na rua
com medo às sombras da casa.

E agora a porta que teima,
o retrato sem parede,
o pó, a mesa em madeira,
essa vertigem sem rede:
à espera de quase nada,
o medo às sombras da casa...

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