quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

SEM SENTIDOS

Este retrato dá-se ares teus mas é um embuste. A minha mão vazia dos teus cabelos continua vazia dos teus cabelos e a tua pele já só vem de trás dos meus olhos. Nem a sombra com que chegavas e partias nem a tua persistência nos lençóis ele oferece... Passo a língua e continuo tão eu, sem as humidades e os sais com que o teu corpo temperava os meus vazios...

O teu retrato, meu amor, nem falar sabe.

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