sexta-feira, 16 de outubro de 2009
ai maité...
Quando nos longínquos anos 80 eu adolescia, caíam-me no goto meninas de fala mimada e acto indeciso – e não havia melhor queda que a tua. Não perdia um episódio da Guerra dos Sexos ou da Vereda Tropical, confesso o crime, e terás sido responsável pela diluição do meu estudo no estupor das madrugadas, em vésperas de testes.
Não faço ideia se corresponderia a tua verdade à minha fantasia, que nunca procurei saber da tua vida nem dos teus graus de liberdade. De qualquer modo, os anos passaram e de mulheres-criança me bastei: guardo para mim as energias que posso.
Mas atrevo-me, agora, a reatar a fantasia: se ainda tens a fala mimada que eu deixei de valorizar, a verdade é que adoro esse teu novo ar de 3 em espelho e faisandée. Estou que estou por uma conversa com tigo e vinho; por saber o que andaste tu praticando, como, com quem, que dia e que hora, em todos estes anos de sem-novelas minhas; por rir-me a bandeiras despregadas do modo emproado como imitas um português do povo.
Combinamos alguma coisa? Pode ser nos Jerónimos, onde Camões nunca esteve mas de onde decidiu escapulir-se. Ou junto à fonte dos amores, perdoa-me a ousadia. E se quiseres... se quiseres, até te ensino como se cospe a sério.
Mas sem gravações, não fosses achar um coche nojento.
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