É madrugada. Anoiteço
em cama de quem ma dera,
que o nosso adeus tem por preço
um sopro em estátua de espera.
Que daqui até ao sol
planam asas de sonhar,
que isto é turvação maior
mas breve em água de cal.
E adormeço criança dócil
no teu olhar impreciso
enquanto estudas o fóssil
do meu extinto sorriso.
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