domingo, 20 de dezembro de 2009

SÓ MAIS UM ABALO

MOTE.
Foi só mais um abalo. Um outro, mais silencioso, mais ardiloso, já pouco deixara de pé.

(Susana Baeta)

GLOSA.
Habito os anjos: há trinta e três anos que o metro é o meu diário. Mas esperanças no segredo da sua pouca terra – só anteontem me apercebi de que já só rastejam.
Pouco passava da uma e meia e não foi a martelo o ritmo subsolar deste meu quieto passeio. Houve antes um baloiço de tontura, um vaivém por entre afagos à caneca de vinho, um leve formigueiro de encanto em sorriso de seja o que for.
Foi só mais um abalo. Um outro, mais silencioso, mais ardiloso, já pouco deixara de pé
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