sábado, 25 de dezembro de 2010

il ne faut pas devenir amer

as únicas férias que tive     levou-me nelas a sophie
fazia verão em noventa e três e então como hoje
eu não era grande espingarda

daquelas duas semanas e meia de portugal lembro algumas alegrias e muitos castelos     mas sobre tudo a tristeza por mais uma paixão em solilóquio

os anos apuram e nos temperos do fracasso me fui requintando
só tenho pena de ter perdido olhos para as coisas simples
e não poderia lamentar mais ter amargado tanto

ela já temia que tudo isto poderia acabar assim     que ao caldeirão da minha centésima desistência não se cansava de soprar:
ah mon cher tozinho     il ne faut pas
devenir amer

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