sexta-feira, 11 de maio de 2012

30.04.2012 - 11.05.2012


Estou muito preocupado com o Bê-Dê, há três dias que mal come. Lá ando a bater às capelinhas, a tentar juntar umas coroas para levá-lo ao veterinário. Ponho-me a pensar e ando nisto desde que me lembro, sempre a torcer para que não haja nenhuma urgência de euros, sempre a ter de pedir ajuda quando essa urgência aparece, sobretudo quando são os meus bichinhos que estão em causa.

Desconfio que ainda estarias vivo se eu tivesse sido um pouco menos pobre.

Já tenho comigo um exemplar do novo livro. Gosto do objecto mas falta-me coragem para reler o texto. Terá uma ou outra gralha, têm sempre. E continuará a provocar, à parte a indiferença, reacções díspares e tentativas de resumo da minha escrita. Para uns, o meu valor maior está na construção das personagens e sou um poeta menor; mas também já me disseram que não passo de um razoável poeta armado aos cucos, que não percebe nada dos outros e que, enfim, deveria manter-se no seu cantinho. Alguns, ainda, acham-me um bom escritor e ponto. E, como não, há quem já tivesse tido a coragem de me dizer que sou uma merda nisto das letras. Confesso que não é fácil ouvir - porque escrever é única coisa a que me vou ajeitando.

Bem... a única talvez não, que agora vem a notícia da semana: ontem fiz dez tórridos e inclinados quilómetros em 43m22s. Nada mau para o teu velho, hein?

Ia morrendo.

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