atrasavas-te
Atrasavas-te. Eu à esquina
sempre em busca do teu rosto
e desse olhar de menina
que, dizem, ainda tens posto.
E atrasavas-te. Ao contrário
do que é costume, eu escondia
nas parangonas dos diários
os estragos da minha vida.
Mas atrasavas-te. E viesse
o café que viesse, e fosse
no teu ar o ar que esquece
- pouco importa, eu nunca soube.
Sem comentários:
Enviar um comentário