sábado, 26 de outubro de 2019

SONETO DO MEU FANTASMA EGOÍSTA


Tenho uma foto de quando
eras tu quase menina,
ao meu lado caminhando
com essa pose magrebina.

E há um fantasma nefando

nessa foto clandestina
ansioso de que, chorando,
lhe incendeies a rotina.
Um fantasma nesse dia
que por vãos de pesadelo
se alenta em chama tardia.

Um fantasma que imagina

oportuno o seu desvelo,
eras tu quase menina.

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