domingo, 13 de julho de 2025

primeiro café da tarde L


hás de contar a essa doida varrida que devorou
sem qualquer contemplação todos os mágicos recantos
que me faziam maior     hás de contar-lhe um destes dias
que os caboucos do que sou ou disto que invento que sou
são firmes de mais     são tanto face ao que ontem prometia

hás de contar-lhe     a propósito     que já não vale a pena
acreditar hoje em dia que em mim tudo é impostura
     há uma ou outra excepção há um ou outro condimento
     neste paulatino arrasto que torna a espera serena
conta-lhe que havia cura     conta-lhe que vou vivendo