Se há pouquinho aquele teu gesto
não esperava nada em troca,
se foi por gosto e de resto
nada de meu te sufoca,
dirás, quando eu fizer de anjo
e esconder o meu demónio:
«Pára com isso, marmanjo,
basta-me seres António.»
(Isso ao menos me asseveras
quando te confesso que antes
no melhor das primaveras
eu sufocava as amantes.)
Sem comentários:
Enviar um comentário