quinta-feira, 3 de junho de 2010

E É GOLO

Por mais voltas que se dê, uns hão-de sempre ser mais iguais que os outros. Lembra-me disto a notícia no CM que envolve Nani, futebolista da selecção, à frente O Fintas, e um guarda agora famoso, à frente O Porreiraço.

Diz a notícia que, às oito e meia da manhã, 
O Fintas
foi apanhado a conduzir o seu bólide na berma, expediente para escapar à bicha que entretanto se formara. Começo por imaginar que tenha ficado aflito: ali parado, toda a gente a olhar... Mas não: com a dinheirama que gastou no popó, acho pouco crível que alguém o conseguisse ver através dos vidros fumados.

O facto é que
O Porreiraço não autuou. Talvez porque, se autuasse, O Fintas deixaria de poder fintar com o seu belo popó por uns tempos (a não ser que, na prática, viesse a fintar a teoria). Ou, então, talvez porque O Porreiraço tivesse recebido a promessa: em campo, O Fintas
só vai fazer as fintas necessárias.

Agora a parte dos outros iguais. Aqui há uns anos, ainda eu gostava de conduzir, ia com a família na bicha da A5 quando me rebentou o pneu do carro. Encostei. Mas não gosto de estar parado na berma em situações destas: por causa da confusão, confesso, e porque penso sempre que pode passar uma ambulância com pressa. Por isso, e porque estava apenas a uns cinquenta metros da estação de serviço, arrisquei a saúde do carro e comecei a rolar na sua direcção.

Com a sorte que sempre me cabe, um bigodudo mal-encarado mandou-me parar. Chamou-me espertalhão, como se pudesse, passou-me a multa, que podia e devia, e disse-me para me meter na estação de serviço, que, enfim, sendo ele a mandar a coisa piava diferente... Alguns dias depois, fui obrigado a entregar a carta de condução: inibiram-me de conduzir durante dois meses.

Resumindo: se alguns são mais iguais que os outros é porque os outros são menos iguais que alguns... Ou iguais a sério. Mas quem não sabe disso?

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