domingo, 3 de novembro de 2019
primeiro café da tarde IX
Cansado de estar nada e ser ébrio,
deste nós antigo aos gritos na praça,
de mim nas madrugadas quando o teu rosto é sério,
dos nossos papéis serôdios em peça inacabada,
de que a minha vida seja uma pausa na tua
e a tua na minha o que se adivinha,
de ter perdido o meu catre no fim da rua,
de ter falhado e por isso viajar de lado.
Cansado de um nunca estar que é estar sempre ébrio,
deste choro a vendaval no trânsito da espera,
de ser nada, deste quotidiano tédio
por ter sido o que fui quando fui o que era.
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