Imagem Photosearch |
Não consigo inibir-me de um sorriso
no momento em que dizes, rapariga,
que a nossa história foi bem sucedida,
que não há que chorar qualquer prejuízo.
Agarras-me na mão com um suspiro,
pões o teu ar mais sério e rejubilas,
«Eu sempre fui, Antóneo, tua amiga,
tu foste sempre, Antóneo, meu amigo.»
E atestas esse invento e bom prenúncio
com uma lista de episódios nossos
que são notáveis mas que não recordo.
Até na despedida investes fundo
nesse modo sincero e despojado
com que vais construindo o meu passado.
Sem comentários:
Enviar um comentário