Como tu, sou papagaio,
minto e cedo à carne fraca;
como tu, mal me distraio
também corto na casaca.
Como tu, com pouco ou nada
para o burgo contribuo;
como tu, não dou passada
que não seja de recuo.
Como tu, fiz-me acrobata
no céu raso deste à toa;
já vês: apenas me falta,
como tu, ser de Lisboa.
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