domingo, 17 de outubro de 2010

ninho

quem o prendesse à mesa e lhe estreitasse a cama     e nos intervalos da morte fingisse querê-lo
quem calmasse a noite e impedisse o álcool     e a beijos lhe escondesse o passeio deserto
quem sorrisse à longa noite fria que se apresta sob a nossa insónia

era só o que faltava:     que desta vez se colorisse a demora do luto

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