quarta-feira, 25 de abril de 2012

para uma ciência do adeus


Quantas vezes morre um homem
antes de morrer de vez?
Quantos dias e por que ordem
vão desfazendo o que ele fez?

Quantos sonhos são precisos
para que vá devagar?
Para estender-lhe o sorriso,
onde temos de acordar?

Como reter os seus rumos
em rumos que sejam nossos?
E como fazer-lhe o luto
sem nos descobrirmos mortos?

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