Fecha a porta, que eu tenho muito medo
a este não saber onde me pôr;
diz adeus, diz que é tarde, diz que é cedo,
diz que nunca houve rosas nesta flor.
Sê sincera, não faças um segredo
de cada gesto; e quando enfim me for
de gastos sonhos sonhador azedo
esquece e fecha a porta, meu amor.
Não vês que assim faz frio para os dois,
tu aí tão incerta, eu sempre à espera,
tu sempre de antes, eu já tão depois?
Não vês de tanto nada tanta dor?
Se um dia nos sonhaste, então pondera,
esquece e fecha a porta, meu amor.
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