Alguma vez olhaste para trás?
Distraída que fosse, alguma vez
te deu para espreitar como se fez
o caminho que leva aonde estás?
Já suspeitaste acaso que talvez
alguém te siga o rasto? Que o fugaz
sopro das horas nunca foi capaz
de varrer toda a poeira em que não crês?
Imaginas sequer que lá atrás,
ao largo, bem ao largo do que vês,
obstinado te segue esse rapaz
de que em mim nunca o tempo se desfez?
Tens ideia do rumo que lhe dás
por menos importância que lhe dês?
Leceia e 2017
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