segunda-feira, 3 de setembro de 2007

post mortem

Quando eu morrer, não me enterres
como agora se costuma.
Crê-me teu, porque se queres
todas as vidas são uma.

Assim que me hás-de entregar
em corpo e alma, se preciso,
entre copos ao jantar
aos amantes num sorriso.

E no amplexo mais querido,
e no clímax mais feliz,
lhes soprarás ao ouvido:
«Ainda te amo, luís.»

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