sabe sempre soube que não tem cama bastante para ti
e não sonha a casa que te aprisionaria tudo o que tu não queres ele contigo enjeita
é por isso que não estranha o vazio do teu cabelo nas mãos que ainda lembram e é também por isso que sempre conjuga os tempos da ausência na tua voz
numa noite com os minutos desta descobre que já se habituou ao silencioso adeus com que foi morrendo na memória do teu ventre
numa noite com os minutos desta apenas se consolaria do brevíssimo sorriso do sopro de ontem do pó sem futuro que num cantinho de coração tu lhe tivesses guardado
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