Sentamo-nos à mesa para o almoço,
impensáveis jantares, cama extinta,
cuidando o que dizemos um ao outro,
atentos sempre ao que magoa ainda.
Eu desenvolvo-me em minuto e pouco,
e tu, se tanto, num minuto e trinta,
se omito o meu percurso mais sinuoso,
de ti, que exibes mais, espero que mintas.
A despedida é rápida e sem história:
parecemos bonecos sem contexto
fingindo um beijo ao largo das orelhas.
E a madrugada a visitar-me insónias!
O cadáver do nosso à tarde veio
para pintar o nosso nas estrelas...
_______________________Oeiras-Lisboa, 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário