Antigamente, eu gostava muito de ir a exame: dava umas explicaçõezitas para sobreviver e vivia de ir a exame. Pelas minhas contas, fiz entre 60 a 70 cadeiras na Universidade de Lisboa, mas exames foram muitos mais. É que eu não gostava de estudar tudo e por isso reprovava muito. Além disso, também ia tentando melhorias, Às vezes com sucesso: tanto, que conseguia um 11.
Eu só não sabia que, no meu caso, tanto exame não servia de nada: aprende-se muito pouco quando não se tem paixão por nada. Por isso ando agora tão feliz com esta história do Relvas e todos os futuros que isso implica.
A vida cá fora custa muito, claro que equivale. Aceitar isso é um primeiro passo para aceitar o contrário: que as cadeiras feitas na faculdade também têm de equivaler à vida cá de fora. Não sou muito bom em contas mas vejam lá se não faz sentido: metade dos meus créditos no curso de química, troco-a pela arte do engate e, se a comissão de equivalências quiser, também por algum jeitinho para beijos à maneira. Dizem que é bom saber beijar. Depois, a outra metade dos créditos, posso trocá-la por alguma ciência de cama: dizem que é uma ciência fixe.
O curso de psicologia é que não sei bem para que servirá, mas olhem, eu até trocava por uma casa. É isso: uma casinha. E por um carrito, já agora. Se não for pedir muito.
Entretanto, ponho-me a fazer outro curso. Não vá começar a querer de mais.
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