Poema para a Serenata de Schubert D 950 n.º 4.
[Para substituir o poema de Ludwig Rellstab, "Leise flehen meine Lieder"]
o que ele viu por lá,
quantos corpos nas trincheiras
tem a dor que traz.
Vem diferente, olha de lado,
já não diz olá;
mata ainda, corre o boato,
neste vão de paz.
Cabisbaixo, mãos nos bolsos,
cai de quando em vez,
destruído de remorsos
pelo mal que fez.
Os seus olhos entretanto
são rubis de dor,
sangue e choro mesmo quando
toda a luz se for.
É talvez herói de guerra,
desertor talvez,
morto como quem só espera
pela sua vez.
Leceia e 2 de julho em 2018
já não diz olá;
mata ainda, corre o boato,
neste vão de paz.
Cabisbaixo, mãos nos bolsos,
cai de quando em vez,
destruído de remorsos
pelo mal que fez.
Os seus olhos entretanto
são rubis de dor,
sangue e choro mesmo quando
toda a luz se for.
É talvez herói de guerra,
desertor talvez,
morto como quem só espera
pela sua vez.
Leceia e 2 de julho em 2018
Está um espetáculo!
ResponderEliminar(Apenas não foi claro para mim se é a tua tradução, ou se escreveste de raiz)...
Em todo o caso gostei muito.
O lado oculto da glória, acho eu.
ResponderEliminarAcho que dos teus poemas, este é o meu preferido.
Parabéns 👏 João Santos