quinta-feira, 29 de outubro de 2020

pouco me importa

Poema para Moliendo Café, de Hugo Blanco

Pouco me importa quantas vezes junto à sua porta
me apunhalou a sangue frio por ser eu quem sou,
pouco me importa e na verdade nem receio a hora
do riso a mais que ela desata nos meus funerais.

Se ainda me quer mal, pouco me importa:
a morte tem um quê de quase morta
se não acaba a manhã nem a noite é fatal.

               Leceia e 9 de julho em 2018

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