Mas que me dizes tu deste siroco
noite-e-dias ao largo do imprevisto,
ininterrupto e farto, desatino
de sob a nossa pele em baile sem rosto?
Mas que me dizes tu de sermos outro
agora que o deserto em nosso rito
aconchega o cadáver do perigo
e perfuma de seco o nosso gosto?
Sombra da tarde, que me dizes tu
se inverna e chove nos meus olhos claros
de negras nuvens e silêncio cru?
Ah! que me dizes tu do que lhes dizes,
às idas pétalas dos meus cansaços,
sobre estes que não sabem ser felizes?
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