Isto é assim: Eu gosto de caber
a tua boca dentro do meu beijo
e aprender sem dor o abc
do teu corpo na língua em que me deito.
Gosto, assim como gosto de caber
arrepios de mama em mão sem freio,
e adoro adentrar-te, bem se vê,
porque gritas "amor!" e eu sou grosseiro.
Comove-me o teu fim que nunca é fim,
saboreio a saliva que primeiro
é vapor de água e só depois inverno.
E nunca és demasiado para mim.
Ainda que na volta do correio
mandes por deus que já não moras perto.
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