Durante o sol eu era um dos teus cães.
Passeei da tua mão por onde sempre
anuncias o fim da primavera
e segui-te com todo o coração.
Não te deixei à espera, apressei
todo o momento vão; eu só queria
ser de novo na casa aquela fera
que procura consolo até mais não.
À tarde adormeci sob a tua asa
e sonhei-me de língua licenciada
para o árduo exercício da paixão.
E à noite sou este homem que te ladra
verbos de mel, amor em quatro patas,
vamos passear ao sol da tua mão.
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