Irás à fac de bê-tê-tê, irás de
galope largo em rouxinóis da noite,
sorriso posto em mãos, fruto que à tarde
inflama o verbo e amanhece de hoje.
Não pode haver no mundo quem te arraste
para lá de mim, quem fácil nos desdoire;
não há vento sem norte que remate
na tortura do tempo a paz do açoite.
Embebes de perfume o alcatrão
que foge sob as rodas do meu mundo
e o vento rima cão com coração
quando descobre que estivemos juntos,
até porque tu gostas de ão ão ão
e eu sou no teu selim os vagabundos.
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