Eu penso às vezes que a palavra certa
em momento adequado e tom preciso
se há-de esgueirar por uma porta aberta
na parede de trás do teu juízo.
Serás espontânea, hás-de mandar à merda
a mãe, o pai, o mano... enfim: tudo isso;
e abrirás o caminho em linha recta
que leva às curvas de outros paraísos.
Eu amante recente, como sempre;
tu amiga de sempre em pele recente,
mulher no vespertino mel da fuga.
Deste modo é que não serei eu quem:
não há silêncio que te alcance nem
declamação feliz que te abra a blusa.
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