Pergunto-me que amor esse em setembro
precipitou no mundo aquele em inverno;
que estro rasgado nos teus olhos ternos
de choro fustigou o nosso invento;
que dor atroz, que desconsolo eterno,
que infinita paleta de cinzentos,
que imprevisto febril cristal de tempo
conciliou a espera e o dia incerto...
Quando no teu sorriso brotam marços,
agora que pereço de cansaços,
pergunto-me por ti mas não compreendo.
E o meu olhar sob pálpebras fechadas,
buscando em terra que já foi regada,
inala este vermelho sem remendo.
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