Não sou de minhas mãos, eu tenho medo
do corpo esguio em tempos contraídos:
dentro de ti, mulher que embocadesço,
umbilica um soneto de perigos.
A impossível espiral em que persisto
dói de frio à medida de outro enredo,
que tu arquejas como ponte em rio
e eu marulho da espera enquanto aqueço.
Se no gesto és o amor de outra qualquer,
contemplo a claridade da rotina
que sob o sol desceu à tua pele.
Ah! soltaras o freio ao largo potro
que galopa a paciência dos meus dias
e estremecera eu de chaves de ouro!
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