quinta-feira, 11 de abril de 2013

poema de um homem morto (2011)

Acordo, ponho-me a pé
vai o dia noite ainda
e preparo dois cafés
a contar com a tua vinda.

É de há tanto o teu atraso
e este medo a que te atrases
que tudo o que sempre faço
vive da hora em que voltasses.

E esqueço que isto se acaba
na suspensão do teu corpo,
que já não bastam palavras
ao poema de um homem morto.

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