Não sei porquê, pouco se fala nisso...
Morria o beijo em tua boca breve
quando fechaste os olhos ao perigo
e abandonaste a luta a quem se atreve.
Valeu a pena ter batido leve.
Agora sou o lobo em desatino,
o fiel aprendiz, o moço imberbe
que bebe em corpo de cadela em cio.
Vou ladrar-te ao ouvido o que te quis,
segredar-te que tens o que pediste,
jurar que nunca mais saio daqui.
Vou arranhar-te a alma, se ela existe,
ou, se não, construí-la de raiz,
vou tomar-te ao vazio de arma em riste.
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