domingo, 24 de março de 2013

desamparo (1985)

Corre-me tão bem
o correr tão mal
que com mais ninguém
correria igual.

Assim, tal e qual.
Nada me convém,
de nada me vale
o amor que me tem.

Espero pela morte
como quem na vida
já não espera nada.

Trago azar à sorte.
Sou alma perdida
em beijos de fada.

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