Sem qualquer perigo para as nossas vidas
a casa acabaria por ruir.
De quê não sei, por trás destas pupilas
a memória caminha de perfil.
Talvez no chão da cama a tua urina
cansasse amor e nos levasse abril.
Talvez latissem cães às escondidas
nos ossos pressentidos dos meus sins.
Ou talvez o problema fosse antes
a material postura dos caboucos
da nossa densa improbabilidade,
porque a construção dos bons amantes
é um simples fragmento em sonhos rotos
e o tempo nada mais que o seu desastre.
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