sábado, 2 de março de 2013

notícia (2011)

A crer no que me disse quem nunca erra,
não chegarei a barbas para avô:
garante ele que o futuro terminou,
que o mal é grande e está perdida a guerra.

Mas no frio de breu que o facto encerra
cresce um sorriso, um sonho que ficou,
e essa criança de quem sempre sou
corre ainda a pés nus em chão de terra.

Não trago medo à morte, nunca o trouxe,
que não busquei de mais por onde fosse
e toda a companhia tenho em mim.

Eis-me, pois, quase extinta a vela acesa,
esperando que se faça natureza
se foi para isso mesmo que eu cá vim.

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